Composição da chapa

André Rocha Cordeiro (PEP – Engenharia de Produção), Bruno Pizzi (PPGP – Psicologia), Carol Quintana (EICOS – Psicossociologia de Comun. e Ecologia Social), Eduardo Dupim (PGGEN – Genética), Eduardo Faria (PPGE – Educação), Igor Pantoja (IPPUR – Planejamento Urbano e Regional), Klarissa Silva (PPGSA – Sociologia e Antropologia), Leonardo Kaplan (PPGE – Educação), Licio Caetano Monteiro (PPGG – Geografia), Luiz Jardim (PPGG – Geografia), Mariana dos Reis Santos (PPGE – Educação), Nathalia Zuniga (PPGCAL – Ciência dos Alimentos), Paula Menezes (PPGSA – Sociologia e Antropologia), Pedro Sampaio (BIOF – Biofísica), Raquel Giffoni (PPGSA-Sociologia e Antropologia), Thaís Vargas (PPGP – Psicologia)

sábado, 27 de novembro de 2010

Datas e locais das assembléias da APG

As eleições para a próxima gestão da APG serão realizadas nos dias 30 de novembro, 1 e 2 de dezembro.
Dessa vez serão 6 assembléias (4 a mais do que no ano passado), de modo a ampliar a participação dos pós-graduandos:
- 30/11, terça-feira
12h - IFCS, sala 301
17h - Praia Vermelha, Escola de S. Social, sala 10
- 1/12, quarta-feira
12h - Letras - Sala E2
17h - CCS - Auditório Leopoldo de Meis
- 2/12, quinta-feira
12h - Praia Vermelha, Anexo da Fac. de Educação A-101
17h - CT - Bloco A, sala 611

São duas chapas em disputa. A Chapa 1 "Vc conhece a APG?!" e a chapa 2 "APG em Movimento".
As urnas ficarão abertas durante 1h 30min, após o início de cada assembléia. Na hora marcada, as chapas vão apresentar suas propostas.
Para participar, basta estar matriculado nos cursos de mestrado e doutorado, ou ter defendido sua tese/dissertação neste ano (contando desde 30/11/09).
A comissão eleitoral é formada pelos alunos Otavio Maioli (Química) e Amana Mattos (Psicologia).
(retirado do blog apg-ufrj.blogspot.com)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A diferença entre a chapa 2 – “APG em Movimento” - e a chapa 1 – “Vc conhece a APG?!”

No ano de 2009, a APG estava sem gestão eleita e pós-graduandos representantes de diversos programas (Educação, Geografia, Química, Eng. Metalúrgica e de Materias, Eng. Química, Ciência dos Alimentos, etc.) se juntaram para retomar as atividades da APG e fazer uma eleição no final do ano.

Os alunos que haviam se juntado para retomar a APG em 2009 formaram a chapa 2 – A.Pós.Taí  – que venceu as eleições, realizadas em 2 assembléias (uma no Fundão, outra na Praia Vermelha), em dezembro de 2009, convidando os membros da chapa derrotada a fazerem parte das mobilizações da APG em 2010, visto que o objetivo da A.Pós.Tai sempre foi unir os alunos de pós-graduação da UFRJ, pois somente assim consegue-se a organização adequada para atender as necessidades do corpo discente de qualquer Pós-Graduação.
Em 2010, a gestão eleita da APG restituiu a representação discente no Consuni e no CEPG, fez reuniões periódicas, ampliou a participação de diversos programas dentro da APG, realizou reuniões específicas com a Pro-Reitora de Pós-Graduação, com o Sistema Integrado de Bibliotecas, com a Comissão de Biossegurança do CCS, com o Comitê do Plano Diretor, com a Associação Nacional dos Pós-Graduandos, etc. Além disso, apoiou mobilizações locais, em relação às bibliotecas (Psicologia), à falta de funcionários (Geografia), à ameaça de corte de bolsas (Economia Política Internacional), à biossegurança (programas do CCS), à representação discente nos programas (CT), ao direito às cópias de livros (Serviço Social), à necessidade de assistência estudantil para alunos de fora do Rio e não-bolsistas, à questão do produtivismo acadêmico e do financiamento das pesquisas (através da realização de uma mesa-redonda), etc. Essas atividades possibilitaram o aumento da participação dos alunos na APG e a ampliação de nossa rede de contatos na UFRJ. Isso se reflete na própria realização das eleições, divulgada com muito mais antecedência do que em 2009 e com 6 assembléias, possibilitando um maior acesso dos pós-graduandos à participação.

A gestão da APG em 2010 se caracterizou pela abertura à participação, inclusive membros da chapa que perdeu em 2009 participaram ativamente da gestão de 2010 e agora estão na chapa 2 – “APG em Movimento” – assim como alunos de diversos programas que já estavam em movimento – independente de conhecerem ou não a APG. Com esses alunos formamos nossa chapa e pretendemos prosseguir na construção de uma APG ativa, participativa e cada vez mais ampla.


Nós, da chapa 2 – “APG em Movimento”, manifestamos nossa indignação com o rebaixamento do nível do debate político expresso no material da chapa 1 – “Você conhece a APG?”. Querem imputar à atual gestão da APG a culpa pela dificuldade de participação dos pós-graduandos em sua entidade representativa? Ora, nenhuma palavra contra a fragmentação da vida acadêmica dentro dos programas, nenhuma palavra contra o excesso de cobranças em relação à prazos e à produção que fazem com que cada pós-graduando volte-se para sua pesquisa individual ou em seu próprio grupo de pesquisa, nenhuma palavra contra a falta de bolsas e o baixo valor que muitas vezes impede que o pós-graduandos possa se dedicar mais intensamente à vida universitária. Não, nada disso. Pelo argumento da chapa 1, a culpa é dos pós-graduandos que se propuseram a participar da APG, dos representantes que tomaram parte nas atividades da APG, dos alunos que se mexeram para reivindicar seus direitos e promover a integração entre os programas, independente de chapa, gestão ou eleição, se esforçando durante todo o ano de 2010 para ampliar a participação dos alunos na APG, para ocupar os espaços dos pós-graduandos nas instâncias de decisão dentro da UFRJ, para se solidarizar com problemas muitas vezes específicos, que não encontravam solução pela ação individual em cada programa, para informar o mais amplamente possível as atividades dos pós-graduandos, para construir uma entidade representativa sem qualquer apoio financeiro ou institucional, somente pela iniciativa e disposição dos alunos que se propõem a participar.
Nossa proposta para a APG 2011 está exposta em nosso programa com 10 pontos que sintetizam os desafios atuais dos pós-graduandos da UFRJ. O programa da chapa 2 – APG em Movimento – foi construído ao longo de um trabalho contínuo, que tem incorporado demandas e iniciativas de vários centros da UFRJ, de diversos segmentos dos pós-graduandos. É o resultado de um acúmulo de discussões e de tentativas de solução para problemas concretos dos pós-graduandos da UFRJ. E é também um ponto de partida para ampliar a representatividade e a mobilização da APG em 2011. Não é um programa feito de última hora, a partir de uma visão localizada.
A chapa 2 – “APG em Movimento” – é uma expressão do aumento da participação dos pós-graduandos em sua entidade ao longo de 2010. Em relação a 2009, hoje contamos com o dobro de participantes, representando o dobro de programas, espalhados em todos os centros, com exceção do CLA.
O programa da chapa 1 – “Vc conhece a APG?!” aponta questões gerais, muitas delas que já vem sendo realizadas pela atual gestão da APG. Mas não se encontra nenhuma crítica fundamentada à atual gestão da APG ou às propostas da chapa 2. Como estamos interessados em um debate sério de propostas para a APG e respeitamos toda e qualquer crítica (não só as “boas críticas”), vamos responder ponto a ponto todas as questões abordadas no panfleto da chapa 1 – “Vc conhece a APG?”.

Panfleto da Chapa 1 “Vc conhece a APG?”
Respostas da chapa 2
Você conhece a APG??? Não?? Então vote na chapa 1 e passe a conhecê-la!
Nós da chapa 2 -  APG em Movimento - nos recusamos a difundir soluções milagrosas. E queremos que votem em nossa chapa os alunos que conheçam nossas propostas, que votem conscientemente.
“Se você acha que a APG é uma sigla como CCAA, CLC... e realiza cursos de inglês e francês instrumental, você está redondamente enganado (a)!”
Sem comentários.
A APG é a associação de pós-graduandos da UFRJ. Isso não é pouco. Nossa associação deveria ser um instrumento importante capaz de garantir e lutar por nossos direitos na universidade e de envolver, na medida do possível, conjunto dos estudantes na discussão e formulação de projetos que dialoguem com nossas demandas específicas.
A APG é um instrumento de organização coletiva dos pós-graduandos e assim tem sido na atual gestão da APG.
A APG não é uma empresa de marketing encarregada de difundir uma marca ou etiqueta para uma clientela alheia e depois fazer pesquisa de satisfação do consumidor.
A APG possui, inclusive, uma cadeira no Conselho Universitário, esfera máxima de deliberação e discussão das políticas da universidade e por isso pensamos que precisamos ocupar este espaço (e outros!) e tentar interferir nos rumos da nossa universidade a partir de nossos interesses e propostas.
A APG possui uma cadeira no Conselho Universitário ocupada de forma ativa pelo representante (Leo Kaplan) e pela suplente (Nathália Zuniga) em todo o ano de 2010[2], inclusive com intervenções importantes em discussões como o fechamento da fotocópia no S. Social, as ações afirmativas na UFRJ, o pedido de aumento das verbas para a pós no orçamento da UFRJ de 2010, etc.
Fazer a voz dos pós-graduandos da UFRJ ser ouvida, e não apenas a de ½ dúzia de pessoas.
Pelo princípio da representação, o representante da APG no Consuni e os 3 representantes no Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) expressam a voz dos pós-graduandos na UFRJ, não a deles próprios.
A UFRJ conta atualmente com cerca de 87 cursos de mestrado e 78 de doutorado. Em 2003 eram 84 e 70, respectivamente. Apesar de termos dobrado o número de vagas na graduação na nossa universidade, a pós não seguiu o mesmo caminho.
A UFRJ possui 93 cursos de mestrado atualmente, incluindo-se os profissionalizantes[3]. O número de vagas de graduação dobrou em relação a que período? Entre 2004 e 2010, a variação das matrículas foi de 28 mil para 45 mil[4], aproximadamente, ou seja, aumento de 62%. Na pós, o aumento foi de 17%. O questionamento que fazemos é que o aumento do número de professores foi de apenas 1% entre 2004 e 2008, e pode chegar a no máximo 13% até 2012, caso o Acordo de Metas UFRJ/MEC seja cumprido. Daí o problema da sobrecarga de trabalho dos professores, com prejuízos para a pós-graduação. O novo projeto de lei da carreira docente apresentado pelo governo desestimula o engajamento docente na pós ao instituir uma aceleração da progressão funcional para os professores que ampliarem sua carga horária na graduação, desconsiderando as aulas na pós[5]. A necessária expansão do ensino na graduação e na pós deve ser acompanhada das condições necessárias para garantia das condições de trabalho e pesquisa, diferentemente do atual sistema em que a produtividade cresce sem as contrapartidas necessárias.
A assistência estudantil ao pós-graduando também pouco evolui. Nós acreditamos que isso está extremamente ligado com o fato de muitos de nós nem sequer saberem da existência da APG, que tem uma atuação muito restrita já há algum tempo.
Pode-se acreditar no que se quiser, mas é preciso argumentar.
Em primeiro lugar, o fato de muitos estudantes não conhecerem a APG não impede que uma parte deles que cada vez mais se engaja nas atividades da APG possa conquistar melhorias concretas para todos os pós-graduandos.
Em segundo lugar, a atuação da APG tem sido cada vez mais ampla – haja visto o número de pessoas e programas envolvidos na chapa 2 – APG em Movimento.
O que isso tem a ver com o fato de a assistência estudantil ao pós-graduando pouco evoluir? A princípio, nada. Tanto o Plano Nacional de Assistência Estudantil instituído em 2010 quanto a Divisão de Assistência Estudantil da UFRJ são restritas à graduação. Essa situação dificultou a evolução da assistência estudantil propriamente voltada para os pós-graduandos. Por conta disso, elaboramos depois de diversas reuniões com a Pro-Reitoria de Pós-Graduação da UFRJ uma proposta de Política de Assistência Estudantil para os Pós-Graduandos para ser apresentada ao CEPG no início do ano que vem (ver no nosso blog). E quando essa questão for levada ao CEPG, será muito importante a capacidade de mobilização dos pós-graduandos.
Quantos alunos dos programas de pós da UFRJ sabem que existe uma entidade que os representa?
Saber que existe não implica necessariamente participação, mas é um passo importante. Nossa proposta de organização da APG pressupõe a ampliação da participação dos alunos, muito mais do que a mera publicidade de uma marca. Descolar conhecimento e participação é só uma estratégia de marketing político, a qual nos recusamos a fazer.
Quantos ficaram sabendo que haverá eleição para esta entidade?
Novamente, quantos? Como podemos mensurar isso? Bem, o número de participantes nas duas chapas aumentou de 2009 para 2010, se vão ser realizadas 6 assembléias, 4 a mais do que em 2009, se o tempo de divulgação e de campanha foi bem maior do que em 2009, podemos concluir que mais pessoas ficaram e ficarão sabendo da eleição para a entidade. Nós, da chapa 2 – APG em Movimento – realizamos 5 reuniões de formação de chapa, amplamente divulgadas, e estamos percorrendo a grande maioria dos programas de pós da UFRJ para convidar os alunos a participar das eleições. Que papel tem cumprido a chapa 1?
Qual foi a atividade acadêmica ou cultural que a APG realizou nos últimos anos?
Em 2010, realizamos uma mesa-redonda na Praia Vermelha sobre o tema “Financiamento das pesquisas e produtivismo acadêmico”, com ampla participação dos pós-graduandos. É claro que precisamos ampliar a variedade e a quantidade de atividades acadêmicas e culturais. E isso é possível de se fazer quando as atribuições políticas mais imediatas estão bem encaminhadas. Em 2010, procuramos retomar a atuação política da APG dentro da UFRJ, o que permite que no ano que vem possamos desenvolver mais amplamente outros tipos de atividades.
Qual foi a luta que a APG travou pela nossa valorização enquanto pesquisadores e pós-graduandos em toda a UFRJ?
Em 2010, tivemos como principais lutas: a melhoria das condições de biossegurança no CCS; a garantia da oferta de bolsas em programas que estavam sob ameaça de corte; a ampliação do orçamento da pós-graduação para garantir as verbas necessárias para a participação dos pós-graduandos em congressos e outras atividades de pesquisa, principalmente nos programas que não possuem Proex; a melhoria no acesso às bibliotecas da UFRJ; a transparência na distribuição de bolsas nos programas; o apoio institucional aos alunos estrangeiros na UFRJ; o acesso à moradia aos alunos que vêm de fora do Rio; dentre outras.
É para reverter este cenário atual que precisamos nos organizar mais para formular e garantir políticas de valorização e de melhoria de nossas condições de estudo.
Reverter qual cenário?
“Precisamos formular”? Sim, nós temos formulado várias políticas. Gostaríamos de conhecer formulações originais da chapa 1 para contribuir com as melhores soluções.
Fazemos parte de um centro de excelência que recebe grandes investimentos em pesquisa e educação. O pós-graduando precisa ser visto como elemento estratégico da universidade e valorizado como tal.
Recebemos grandes investimentos? Sim, se compararmos com outras universidades. Não, se compararmos com o que se paga de superávit primário, com o que se investe na infra-estrutura para a produção de commodities e produtos primários, com os juros pagos ao capital financeiro, etc. Além disso, será que os “grandes investimentos” chegam de forma igual em todas as áreas? Não! É preciso questionar que interesses estão por trás do investimento prioritário em certas áreas, como a de tecnologia para a extração de petróleo, enquanto pesquisas voltadas para problemas concretos da população brasileira permanecem negligenciadas.
Por isso acreditamos que a organização de uma APG presente, ampla e atuante é fundamental.
Sim, sim, estamos de acordo...
O estudante de pós-graduação, porém, na maioria das vezes não tem tempo para se dedicar a APG.
Sim. A dificuldade é grande, são cobranças de prazos, de publicações, a passagem e o aluguel aumentam, às vezes temos que trabalhar por fora. A vida do pós-graduando é dura. Por isso, a entidade deve se constituir de forma colaborativa, cada programa se mobilizando internamente e se conectando com os demais através da APG para as demandas coletivas.
Por isso é necessária a participação de muitos pós-graduandos na APG, atuando através de comissões de trabalho, de maneira a dividir as tarefas e melhorar a realidade dos pós-graduandos da UFRJ. Por isso, participe das Assembleias e construa esse projeto!
Sim, precisamos de muitos pós-graduandos participando, e de diferentes programas, para que a APG possa ser mais representativa do conjunto dos alunos. Isso inclui não só aqueles que ganham as eleições, mas também aqueles que se candidatam e se propõem a participar, mesmo que percam as eleições. Não adianta nada só se mexer nas eleições, o movimento da APG se constrói de forma contínua, é essa a proposta da chapa 2, por isso o nome APG em Movimento.


Se a pergunta “Vc conhece a APG?” como nome de chapa faz algum sentido, devemos nos perguntar também: quem é a chapa 1, o que estiveram fazendo durante os dois últimos anos, o que fizeram para que a APG fosse mais conhecida, o que fizeram para ampliar a mobilização dos pós-graduandos em seus próprios programas e na UFRJ como um todo?
Nós, da chapa 2 – APG em Movimento – temos nossas práticas e nossas propostas para apresentar.




[2] Leia as atas de 2010 no site do Consuni: http://www.consuni.ufrj.br/
[3] Ver site da PR-2: http://www.pr2.ufrj.br/
[4] Adufrj. Orçamento para a educação: a expansão das IFES e da UFRJ. 4 jan 2010, pg. 8


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Blog da APG em 2010

No Blog da APG você pode encontrar uma retrospectiva das atividades da APG em 2010:
apg-ufrj.blogspot.com

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Melhoria das bibliotecas


A partir de uma reivindicação feita pelos pós-graduandos do Programa de Pós-Graduação em Psicologia em relação a problemas que vinham ocorrendo na biblioteca do CFCH (não se podia entrar com livros e materiais de estudo dentro da biblioteca, reduzindo bastante a área destinada aos estudos dentro da biblioteca e no campus da Praia Vermelha), levantamos essa questão no Conselho Universitário (CONSUNI) do dia 10 de junho e, posteriormente, contactamos a coordenação do Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ (SiBI).
No CONSUNI, o decano do CFCH, Prof. Marcelo Correa e Castro relatou as justificativas das providências tomadas pela biblioteca, enfatizando a ocorrência de vários furtos que lá ocorreram nos últimos tempos. Mesmo assim, ele se comprometeu a tomar medidas para facilitar o acesso à biblioteca, em futuras reformas na biblioteca, facilitando assim o estudo neste recinto.
No dia 19 de julho, nos reunimos, então, com a coordenadora do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBI), Paula Mello que nos deu várias informações mais detalhadas e extremamente oportunas sobre a forma de organização, a demanda e os principais problemas das bibliotecas da UFRJ. Relatamos com mais detalhes essa reunião no Jornal da APG de Julho/Agosto. De forma resumida, o principal problema da biblioteca do CFCH deve-se à falta de espaço para ampliação, sobretudo, da área destinada aos estudos. Algumas tentativas de solucionar essa questão já foram tentadas e a estratégia atual é conseguir recursos para comprar estantes deslizantes, que compactam em muito o material que não é de uso freqüente e fazem com que haja uma economia muito grande de espaço físico. Com isso, sobraria mais espaço para abrigar os estudantes. Para tanto, seria importante ampliar os recursos anualmente destinados às bibliotecas, que hoje estão na ordem de R$ 600.000,00 a R$ 1.000.000,00, tanto para compra desse tipo de material, quanto para ampliação dos acervos, reposição de livros furtados, compra de equipamentos de segurança, entre outros. Além disso, concursos públicos para bibliotecários e para vigilantes seriam importantes para melhorar a qualidade das bibliotecas e diminuir a quantidade de furtos.
No CONSUNI do dia 23 de setembro, foi feita uma discussão relativa ao episódio ocorrido no dia 13 de setembro, quando houve invasão da Polícia Civil ao campus da Praia Vermelha com conseqüente apreensão do material da “xerox” que funciona na Escola de Serviço Social e intenção de prender o funcionário Henrique, permissionário do serviço de fotocópias. Na ocasião foram aprovadas uma moção de repúdio à ação da polícia, exigindo devolução do material, e uma resolução que regulamenta a reprodução de xerox de livros, periódicos e revistas científicas na UFRJ. A APG prestou solidariedade neste caso, lamentando o ocorrido na Praia Vermelha, tanto no que diz respeito à entrada da polícia no campus quanto em relação ao que este incidente representou para as políticas de permanência para os estudantes (perda de acervo bibliográfico que no momento estava-se tentando que fosse recuperado) apontando que a grande demanda dos estudantes por xerox tem relação com os problemas das bibliotecas, as quais não dão conta da demanda por livros e outros materiais. Como colocado pelo representante da APG, a partir do que aconteceu, a UFRJ deve tomar uma posição mais efetiva e deliberar sobre pontos que evitem que esses incidentes ocorram novamente. Nesse sentido, a representação da APG encaminhou, junto com alguns representantes docentes e dos técnico-administrativos, uma proposta para que seja tirado um dia no CONSUNI em que se discuta especialmente os problemas das bibliotecas. O texto da proposta, que consta na ata desta reunião do CONSUNI diz o seguinte: “Que seja incluído como ponto de pauta do Conselho Universitário um ponto que trate, especificamente, da questão das bibliotecas, no qual possa ser apresentado um diagnóstico do quadro atual e possam ser discutidos seus problemas (de carência de espaço, problemas estruturais nas instalações, necessidade de grande ampliação dos seus acervos, entre outros), encaminhando-se políticas no sentido de resolver tais problemas, levando-se em conta, a contratação, via concurso, de bibliotecários”.

Biossegurança e condições de trabalho nos laboratórios

A questão da biossegurança nos laboratórios é um tema de extrema relevância e preocupação para os pós-graduandos do CCS, e de outros centros em que existe intensa atividade em laboratórios. Por isso, realizamos reuniões com alguns pós-graduandos para desenvolver ações que permitam garantir melhores condições de trabalho, o que implica em segurança e qualidade para quem desenvolve as pesquisas e visando um descarte de resíduos que não agrida o meio ambiente.
A primeira reunião, ocorrida em 6 de julho, envolveu estudantes dos Programas de Pós-Graduação em Educação, Gestão e Difusão em Biociências e de Química Biológica, ambos do Instituto de Bioquímica Médica. Foram apontados alguns problemas, dentre as quais destacamos: o problema da entrada de animais no CCS; a realização de cursos básicos de biossegurança para os alunos que começam a trabalhar nos laboratórios; e o conhecimento do organograma institucional da Biossegurança no CCS e na UFRJ (comissão, Decania, etc). Como possíveis propostas de ação foram indicadas: desenvolver um sistema de denúncias (site que redireciona denúncias para um e-mail) sobre situações de risco; escolher representantes para participarem das reuniões da Comissão de Biossegurança do CCS; e promover debates e reuniões entre alunos do CCS para discutir questões relacionadas à biossegurança.
Em um segundo momento, nos reunimos, no dia 14 de julho, com a presidente da Comissão de Biossegurança do CCS, Profa. Sonia Costa. Nessa reunião, dentre outras questões, foi proposto que Ricardo Oliveira, mestrando do Programa de Educação, Gestão e Difusão em Biociências, participasse como membro da Comissão como mais um representante dos alunos e também como membro do Núcleo de Boas Práticas de Laboratório e Biossegurança da Biofísica. Débora Moretti, mestranda do Programa de Química Biológica ficou como sua suplente na Comissão.
Desde esse último momento até hoje, algumas coisas avançaram. O último descarte de resíduos químicos promovido no dia 4 de novembro pela Comissão de Biossegurança do CCS foi o primeiro desde o início da gestão atual em que não houve nenhum acidente. Foram oferecidas senhas de ordem de chegada, facilitando o trabalho dos voluntários do descarte e agilizando a fila para quem chegava. Ainda assim, enfrentamos problemas como o abandono de frascos químicos no horário do almoço sem identificação, e a circulação livre de cães no local do descarte. Não foi possível descobrir quem deixou os frascos pois foi informado por um funcionário que a câmera de segurança do local (entrada do bloco K – subsolo) não estava funcionando. Vale ressaltar que a participação do corpo discente foi maior neste descarte: 2 alunos de pós-graduação e 1 aluna de graduação ajudaram como voluntários.
Atualmente, a intenção é a de ampliar as discussões, marcando-se reuniões periódicas (mensais ou quinzenais) com os alunos (pós-graduandos e graduandos) interessados em discutir questões relativas à biossegurança nos laboratórios e no prédio do CCS. O objetivo seria o de produzir atas e/ou outros materiais para que os representantes dos alunos pudessem levar os tópicos para discussão nas reuniões da Comissão de Biossegurança do CCS. Isso ajudaria a termos uma voz, representando melhor os pós-graduandos do CCS quanto a essa questão.
Essa prática pode ser ampliada para os locais do CT e do CCMN em que existem as mesmas condições de trabalho.

Representação nos conselhos da UFRJ

A participação de representantes dos pós-graduandos nos conselhos e comissões da universidade permite levar as demandas e discutir os problemas dos pós-graduandos, fazendo com que sejamos ouvidos e possamos participar das decisões tomadas na UFRJ. A participação nos conselhos facilita também o diálogo mais aberto com a reitoria, com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2) e com outras instâncias da universidade. A gestão 2010 da APG teve como uma das metas estabelecidas ainda durante as eleições passadas fortalecer a representação discente da pós-graduação, ocupando as vagas a que temos direito no Conselho Universitário (CONSUNI) e no Conselho de Ensino Para Graduados (CEPG), difundido as pautas destes conselhos e ampliando o debate aos demais estudantes. Sempre que possível e quando tratados pontos mais diretamente ligados à vida acadêmica e aos problemas dos pós-graduandos, buscamos atuar nesse sentido.
No CONSUNI, ao longo do ano, levamos questões como a cobrança pelos recursos do PROAP (Programa de Apoio à Pós-Graduação) da CAPES, que atrasaram, e a falta de recursos da PR-2, confirmam a preocupação que havíamos levantado em janeiro sobre a necessidade de aumentar a verba para apoio aos Programas. Como conseqüência da falta de verbas, um grupo de 25 alunos do PPGE (Educação) ficou sem apoio (transporte ou ajuda de custo) para participar do XV Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (segundo maior congresso da área educacional). Por conta disso, lemos carta escrita pelos alunos do PPGE no CONSUNI do dia 15 de abril. Participamos de importantes discussões e decisões que foram tomadas ao longo do ano no CONSUNI como, por exemplo, a política de ações afirmativas e conseqüentes políticas de acesso e permanência dos alunos oriundos de escolas públicas. No dia 9 de agosto, em reunião da APG aberta a todos, definimos ser favoráveis à reserva de vagas para estudantes de escolas públicas que normalmente não conseguem ingressar na UFRJ. Consideramos importante haver um acompanhamento dos estudantes com maiores dificuldades financeiras que irão ingressar para avaliar melhor as políticas de apoio e permanência na universidade. Pensamos também que a entrada da UFRJ no SiSU/ENEM não significa um avanço rumo ao fim do vestibular, o que só ocorreria com o livre acesso e a garantia de uma Educação Básica de qualidade. No entanto, uma vez aprovado este sistema de acesso para 2011 (40% das vagas serão via vestibular feito pela UFRJ e 60% via ENEM/SiSU, das quais 40% serão via classificação ampla e 20% serão reservadas a estudantes de escolas públicas), caberia avaliar e rediscutir o sistema de acesso para os próximos anos. 

Organização local dos pós-graduandos em cada programa

A APG é uma entidade representativa de todos os pós-graduandos da UFRJ, mas não funciona se em cada programa não houver uma organização local que mantenha um vínculo entre as demandas específicas dos alunos de um programa e as demandas gerais do conjunto dos pós-graduandos da UFRJ.
Queremos reforçar as organizações locais com o incentivo à atuação dos representantes discentes dos programas em seus colegiados locais. Muitas vezes ocorre descontinuidades que deixam vaga a representação discente, prejudicando as demandas locais dos pós-graduandos. Para que isso não ocorra, alguns programas, como o da Química e o da Psicologia, fizeram um regimento interno para conduzir a escolha anual dos representantes.
Outra iniciativa importante é a existência de canais de comunicação internos, como os blogs (ex: na Geografia e no Direito) e as listas de e-mails, existentes na maioria dos programas. A sala de alunos é outro importante espaço de encontro e de estudo para os pós-graduandos que deve ser incentivado.
Ainda no âmbito local, é preciso garantir maior transparência nos processos seletivos e na distribuição de bolsas. Em alguns programas não há ainda a publicação da ordem de classificação dos alunos, o que torna subjetivo o critério tanto de ingresso quanto de obtenção da bolsa.